Resenha: Perguntem a Sarah Gross

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Esse é muito mais que um livro sobre segunda guerra mundial, mais que um livro de guerra, é um livro que retrata a superação e o amor de uma forma impetuosa. É assim que começo a resenha de "Perguntem a Sarah Gross", livro que recebi de um dos sorteios realizados diariamente pelo Skoob. Uma narrativa enigmática e que traz elementos ficcionais baseados na História.

O mistério se passa inicialmente na renomada escola de St. Oswald’s, o colégio mais elitista da Nova Inglaterra. É de lá saem os melhores profissionais, os políticos mais influentes. O local é apresentado ao mesmo tempo em que conhecemos Kimberly Parker, uma professora de literatura que atravessa os Estados Unidos para lecionar em St. Oswald’s. A instituição é dirigida por Sarah Gross, uma mulher misteriosa, mas que possui um olhar visionário e um espírito doce. 

Aos poucos vamos conhecendo a escola, as pessoas que dela fazem parte e algo muito maior do que imaginamos, um grande segredo que só é revelado após uma tragédia que abala inesperadamente a instituição centenária. Nos deparamos com uma história brutal de dor e sobrevivência, que toca intensamente cada leitor.

Publicado pela editora Leya, esse é o romance de estreia de João Pinto Coelho, nascido em Londres, de nacionalidade portuguesa, arquiteto por formação, estudioso em Holocausto. O escritor construiu um o romance que exibe uma maturidade que não é comum em estreantes. 


No que diz respeito a narrativa do livro, os capítulos mostram pontos de vistas de personagens diferentes e em épocas distintas. No primeiro acompanhamos a história pelo ponto de vista de Kimberly ao chegar em St. Oswald's. No outro, acompanhamos a vida da família Gross desde  Oshpitzin, onde anos mais tarde seria instalado o campo de concentração de Auschwitz.  Confesso que esse "entrelaçar" de capítulos, essa história paralela, me deixou um pouco confusa, mas que fez completo sentido no desenrolar da história. A cada página as narrativas vão se intercalando e o enredo se completa.

Consegui ser transportada para cada um dos lugares, imaginei as pessoas ali, as histórias de cada um apresentadas. É um livro rico em detalhes, algumas palavras são até difíceis de ler por serem tão fortes. Fui "transportada" para a Polônia de uma forma tão real, que senti como se tivesse olhando cada personagem nos olhos. O racismo e o holocausto são expostos de forma clara, a história de Auschwitz  antes de ser Auschwitz merece ser conhecida.

O passado de Kimberly, e principalmente o de Sarah, vão sendo revelados aos poucos para o leitor. O enredo é muito bem construído, muito mais misterioso do que aparenta. O que prende o leitor de uma maneira única. Quando iniciei a leitura desse exemplar, jamais imaginei que fosse gostar tanto desse livro. Ele possui a beleza de uma rosa que desabrocha e revela características inimagináveis até então.


Já tinham ouvido falar no livro? Gostam de histórias assim?

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