Resenha: Eu sou Malala

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Imagine uma menina de 16 anos vencendo o prêmio nobel da paz. Pensou? Essa é Malala Yousafzai, que lutou pelo direito à educação das meninas no Paquistão e foi baleada por extremistas do Talibã enquanto voltava da escola. Malala se recusou a permanecer em silêncio no meio de tanta violência e injustiça social que afrontava seu povo e sua região. Sua história é apresentada através do livro escrito em conjunto com a jornalista Christina Lamb. 

Na narrativa conhecemos Malala. Sua família, seus sonhos, suas aspirações, como era a situação em que vivia e como a educação sempre se fez presente na vida dela. Conhecemos uma menina que pode ser vista como à frente do seu tempo, que possuía uma personalidade única e que tinha o apoio do pai para estudar e ser quem quisesse ser.



A política, a geografia do Paquistão e o modo como as mulheres viviam naquela região são muito bem abordadas. Mais do que uma narrativa de vida inspiradora, nos deparamos com detalhes sobre a história e cultura daquele povo. Mesmo demandando uma parte longa no livro, isso contribui consideravelmente para o entendimento da narrativa. 

A luta pelo direito das mulheres é colocada à tona, em uma época na qual a violência estava em evidência no paquistão e que os direitos mais básicos eram deixados de lado. A situação das mulheres no Paquistão ficou ainda mais complicada, se antes elas precisavam da companhia de um homem para sair, depois dos conflitos e do poderio do Talibã na região, as mulheres não tinham mais direito à educação.
“Se defendo meus direitos, os direitos das meninas, não estou defendendo nada de errado. É meu dever agir assim. Deus quer ver como nos comportamos em situações como essa. O Corão diz que “a falsidade será eliminada e a verdade prevalecerá”. Se um homem, Fazlullah, pode destruir tudo, por que uma jovem não pode mudar isso?, eu me perguntava”. 


A obra é dividida em cinco partes que explanam o vale que morava, como era a vida antes do Talibã tomar conta da região em que vivia, o momento em que foi atingida pelo tiro, quando ficou entre a vida e a morte e o que aconteceu após isso. Uma história inspiradora que nos mostra como Malala Yousafzai se tornou um dos maiores símbolos mundiais da luta pela educação de meninas.

Conhecem a história de Malala? Me contem nos comentários.

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2 comentários. Clique aqui para comentar também!

  1. Oi, Paulina. Tudo bom?
    A importância de Malala para nosso mundo é gritante, nunca li o livro, mas sei que ela é uma das figuras mais influentes na contemporaneidade.
    Ótima resenha.

    Ahh, tais e que período do curso?
    Xero,
    Transbordando pelos dedos

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  2. Nossa fiquei com muita vontade de ler esse livro. Sempre via ele por aí, mas eu nunca tinha pensado em de fato lê-lo.
    Muito boa sua resenha!

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