Elos e Laços: Um retrato da adoção no Rio Grande do Norte

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Foto: Laura Santos

Sempre amei falar de livros! Ler, debater com amigos, indicar... é um universo que sempre me causou muita satisfação. A leitura foi um dos principais motivos pra me fazer escolher jornalismo para cursar na faculdade e levar de emprego para a vida. Como trabalho de conclusão de curso escrevi, juntamente com uma amiga, o livro "Elos e laços: um retrato da adoção no Rio Grande do Norte" e recentemente publicamos ele, no formato de livro digital, para venda na amazon. Escrever um livro era um sonho que acreditava que jamais tiraria do campo do imaginário. No entanto, minha dupla Fernanda Cristina e meu orientador Cezar Barros fizeram com que esse sonho se tornasse possível.

Como o próprio nome sugere, a narrativa é sobre adoção. Mas não só isso. É sobre a adoção em suas mais diversas fases, desde conceber a ideia de ser mãe/pai do coração, passar pelo processo, conhecer os lares que essas crianças estão abrigadas, desmistificar a realidade presente, os desafios, medos e também o amor envolvido nisso tudo. A adoção que muitas vezes não conhecemos nas reportagens de TV ou pelo senso comum, resolvemos explanar nesse livro-reportagem.

Sinopse: A adoção é um instituto milenar, que se faz presente desde o início das civilizações. Com o passar dos anos, a atitude foi ganhando formas e sendo amparada pela legislação. Contudo, o ato de tornar alguém filho vai muito além do que é imposto nas leis ou compreendido pelo senso-comum. Em Elos e laços, conhecemos a realidade da adoção a partir de diferentes pontos de vista. Por que o número de pretendentes à adoção é quase 10 vezes maior que o número de crianças e adolescentes disponíveis e as instituições continuam cheias? Como é a expectativa daqueles que pretendem adotar? E qual é a realidade das casas de acolhimento? Casais homoafetivos também podem construir uma família através da adoção? Qual a perspectiva de quem foi acolhido por uma família? O que acontece com quem chega à maioridade sem ser adotado? Esses e outros questionamentos são abordados neste livro-reportagem por meio de histórias de quem já passou por esse processo no Rio Grande do Norte, principalmente na capital do Estado, Natal, e embasados por dados oficiais colhidos por intermédio de entrevistas com fontes oficiais, dados disponibilizados pelas comarcas e outros serviços com o mesmo viés. Os Elos que unem as famílias não são os laços de sangue, mas sim os Laços de amor

Para quem possui o desejo de adotar, quer saber um pouco mais sobre o processo, adora ler ou gosta de histórias de vida, acredito que também vá gostar do nosso livro. São oito histórias que retratam a adoção no Rio Grande do Norte por meio de relatos de pessoas que já foram adotadas, que sonham em adotar ou que nunca tiveram uma família para chamar de sua. 


Escrever esse livro reportagem nos possibilitou conhecer um pouco mais das várias vertentes presentes no ato de adotar. Conversamos com cerca de 16 pessoas e sentimos um pouco do que elas sentem com a adoção. Estudamos muito sobre o assunto, entrevistamos a parte técnica e jurídica do processo, fizemos o levantamento de dados, participamos do curso de adoção e conhecemos crianças que sonham com uma família. 

A realização desse trabalho nos fez conhecer um lado da adoção que muita gente ainda desconhece. Existem milhares de crianças e adolescentes em busca de uma família, mas o número de pessoas que querem adotar supera o número de crianças aptas para a adoção, ou seja, todas as pessoas que precisam de uma família poderiam ter um lar se não fosse o perfil estipulado pelos pretendentes (a maioria prefere bebês brancos do sexo feminino, enquanto que a realidade é a oposta). Por meio de capítulos, mostramos histórias de pessoas que sonham em adotar, que foram adotadas ou que passaram toda uma vida em instituições de acolhimento.

Elos e laços foi finalista na categoria melhor livro-reportagem do intercom nordeste e agora ganha o mundo e pode ser adquirido por qualquer um na loja da amazon por um preço simbólico, mas que significa muito, pois além de apoiar nosso trabalho, serve de incentivo para produções futuras. Para adquirir, basta clicar aqui.

A pandemia proporcionou mais tempo livre para que eu e Fernanda tirássemos nosso projeto da universidade e pudéssemos difundir ele para mais pessoas que gostam de histórias de vida, literatura, já adotaram ou gostariam de adotar um dia.  Acreditamos que os elos que unem as famílias não são os laços sanguíneos, mas sim os laços de amor.

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